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Projeto 32: inclusão social por meio da saúde bucal - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Projeto 32: inclusão social por meio da saúde bucal

Aplicabilidade de procedimentos e desenvolvimento de tecnologias novas e úteis em situações adversas são pontos que arrematam o objetivo do projeto

O que temos feito para levar saúde à população? Questionando um ponto pertinente às demandas sociais, ambientais e econômicas, deparamo-nos com incalculáveis situações complexas em comunidades afastadas distribuídas pelo país. Todavia, sabemos que para os países mais pobres, a questão social é latente. Mas, no âmbito da saúde bucal, a situação epidemiológica brasileira ainda é grave devido às condições sociais e econômicas da população, com base na pequena parcela de investimentos que a área recebe, sem contar na falta de informação à população sobre os cuidados básicos de saúde em geral. Para mais, crises econômicas, desajustes sociais e uma inadequação do sistema de atenção clínica e preventiva à população figuram entre as mais evidentes razões dos contrastes observados na realidade brasileira. Nesse contexto, a inclusão social por meio da saúde bucal tem sido cada vez mais demandada, ponderando o baixo custo e as possibilidades de impacto odontológico no âmbito público e coletivo.

Prontamente, pensando na experiência de um projeto de extensão odontológica e na relevância em avançar na missão de promover a inclusão social e difundir a saúde bucal para inúmeras pessoas, o professor associado da disciplina de Endodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) e professor convidado dos cursos de especialização e aperfeiçoamento profissional na Faculdade de Odontologia da APCD (FAOA), Manoel Eduardo de Lima Machado, junto a diversos colaboradores e voluntários, criou o “Projeto Amazonas”, hoje designado de “Projeto 32”.

Segundo Machado, "o “Projeto 32” é um projeto que tem um viés um pouco diferente. Busca obviamente, em primeiro lugar, a ação social, e também procura a criação e desenvolvimento de novas tecnologias. Os protocolos e instrumentos antes de serem aplicados passam pelo desenvolvimento de investigações para concluir sua possibilidade de uso, assim, toda questão ética é observada antes de aplicá-las no projeto.” Sendo assim, a finalidade fica então dividida no desenvolvimento como o uso de novas tecnologias, e de técnicas que sejam extremamente eficientes, mas ao mesmo tempo, simples, biológicas e de fácil aprendizagem permitindo sua aplicação nos diferentes segmentos da sociedade.

De acordo com Machado, o projeto inicial chamava-se “Projeto Amazonas” a alteração para “Projeto 32” tem como base sua aplicação tanto no Brasil como no exterior em regiões que não pertecem de fato a Região Amazônica. Lançado mundialmente há 2 anos no Congresso da IFEA (Federação Internacional das Associações de Endodontia) em Cape Town, na África do Sul, o projeto necessitou se adaptar as necessidades globais e com uma serie de alterações positivas alinhadas a novas tecnologias e modernidades, e será reapresentado no 1 semestre de 2018. O nome “Projeto 32” busca representar que todos os 32 dentes  são importantes.

Sobre a história da idealização do projeto, Machado disserta que o conceito da ação surgiu uma vez que o professor Raphael Baldacci Filho foi falar sobre o CIOSP para os alunos da Faculdade de Santos, há 10 ou 15 anos atrás. "Naquela época o professor Baldacci falava que a Odontologia brasileira apresentava sombrias expectativas, porque existiam muitas faculdades de Odontologia e muitos Cirurgiões-Dentistas formados. Neste contexto, iniciamos uma reflexão para se aprofundar nesta questão. Dentre os fatos avaliados detectei alguns dados que são extremamente importantes: o Brasil hoje está em segundo lugar no mundo em publicações científicas, a Universidade de São Paulo (USP), segundo algumas entidades, ficou em primeiro lugar, como a melhor faculdade de Odontologia do mundo, e nos 7 primeiros lugares ainda se posicionam mais 3 faculdades brasileiras .Como então vivemos esta crise? Pois, temos um Cirurgião-Dentista extremamente bem formado, mas de outro ângulo, mesmo com todo este contexto, o acesso da população aos consultórios é muito pequeno. Assim, estudando esse caso, observamos  que o modelo de formação prioritário é um modelo americano, mas, as condições dos EUA, são completamente diferentes daqui. O preço que se cobra lá é um, o quanto você paga o instrumental é outro. Aqui é o inverso, não podemos ter um preço alto e um instrumental caro. Este é um dos motivos que esta gerando todo o problema da Odontologia atual, pois, o Brasil qualificado como é, deveria para tanto se preocupar em criar uma Odontologia que fosse compatível de ser aplicada nas nossas condições, e a partir desse modelo e do estudo desta hipótese, buscamos desenvolver um protocolo cientificamente alicerçado e clinicamente eficiente, logo, passamos a testar esse protocolo em condições totalmente adversas pra mostrar que "se você faz lá, você pode fazer em qualquer lugar”.

O investimento na saúde odontológica e seus ganhos incontáveis

A região escolhida para a aplicação do projeto foi nas áreas Ribeirinhas do Rio Madeira – Nazareth, um lago formado por um afluente do rio Madeira Cuniã. A equipe é totalmente voluntária. Formada por professores renomados e alguns alunos de pós-graduação e um estudante da Liga de Endodontia da Universidade de São Paulo (USP). Neste ano de 2017, a expedição foi realizada em outubro. Machado explica que o grupo de profissionais realizaram diferentes tipos de procedimentos dentro do projeto, que totalizaram 72 tratamentos endodônticos, 132 restaurações e blindagem e 100 cirurgias em sete dias de trabalho e em dois consultórios improvisados. “O importante a salientar é que mesmo em condições extremas de trabalho, o mesmo foi realizado com técnicas e materiais de alta qualidade e com o uso de instrumentos reciprocantes ,RX digital, etc.”.

De modo consequente, o professor aborda que o projeto apresenta uma proposta individual sobre o ponto de vista comportamental, contrapondo a visão das diferentes partes do Brasil e como as coisas existem fora da zona de conforto. “Acredito que esse conhecimento social, sobre os diferentes “Brasil’s” que a gente vive é fundamental na formação de um profissional da área da saúde, dai a importância do aluno de graduação presente nas atividades. Outro ponto importante é a ação de saúde propriamente dita a comunidade carente e necessitada. Neste contexto, compreendemos que não vamos conseguir resolver o problema da saúde bucal daquela área, mas contribuiremos de uma maneira significativa para essa população”, aponta.  

Considerando essa perspectiva, Machado constata outro assunto de grande relevância dentro do objetivo do projeto. Conforme, “a utilização de técnicas extremamente eficientes e que realmente funcionam com rendimento muito bom, estes são pontos importantes a serem abordados.” O professor reitera: “isso vem a demonstrar também que esse trabalho de altíssima qualidade que realizamos em situações extremamente difíceis, sinaliza que o profissional pode replicá-lo tranquilamente em seu consultório. Com o uso de técnicas inteligentes, o Cirurgião-Dentista que realiza o tratamento endodôntico poderá melhorar sua relação custo/benefício, atendendo um número maior de pacientes, beneficiando-se também sua situação econômica. Acredito que o projeto tem essa visão de ser realista e palpável. Não é só ir lá e fazer um tratamento odontológico, e sim desenvolver também o acesso social”.

Segundo o professor, a experiência de um voluntariado agregou na profissão, algumas conscientizações do que é realmente importante. “Porque muitas vezes o mercado lança equipamentos caríssimos, promove uma necessidade irreal, pois como sabemos pode-se realizar um tratamento de altíssima qualidade de maneira cientifica, biológica, objetiva e prática”.

Machado pormenoriza: “o desenvolvimento constante de técnicas, de instrumentos e de materiais, além de uma visão biológica, induz a um comportamento mais realista. É esse o foco que nos motiva a desenvolver esse projeto, não é apenas um projeto humanitário, afinal, as ações que interferem no humanitário são consequências de projetos que procuram desenvolver a tecnologia e acesso social”.

Clique aqui e confira as fotos do projeto! 

Texto Fernanda Carvalho

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