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Dia Nacional de Combate ao Fumo: “Tabaco ou saúde – O uso do narguilé” - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Dia Nacional de Combate ao Fumo: “Tabaco ou saúde – O uso do narguilé”

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, foi instituído pela Lei nº 7.488, de 11 de junho de 1986 e tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

A campanha é uma oportunidade para aumentar a conscientização sobre os efeitos nocivos e mortais do uso do tabaco e da exposição ao fumo passivo, e para desencorajar o uso do tabaco em qualquer forma. Segundo a OMS, o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Destes, o tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral – AVC).

Em 2019, o tema é “Tabaco ou Saúde – O Uso do Narguilé”. A campanha tem como objetivo aumentar a conscientização sobre o impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde e o papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar de todas as pessoas.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) — órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, além de estar associado às DCNT, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras. Se a tendência atual continuar, a previsão é de que em 2030 o tabaco matará cerca de oito milhões de pessoas por ano, sendo que 80% dessas mortes ocorrerão em países de baixa e média rendas. No Brasil, a redução da morbimortalidade por doenças tabaco-relacionadas por meio da queda da prevalência de fumantes é um dos objetivos do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, que existe há mais de 30 anos.

O narguilé e seu uso no Brasil

Os narguilés vêm sendo usados pelos indígenas da África e da Ásia para fumar tabaco e outras substâncias há cerca de quatro séculos ou mais. As rotas de comércio pela Índia e pela China ajudaram a disseminar a prática de fumar narguilé em todas as partes da Ásia, do Oriente Médio e da África. Um estudo de 2015 estimou que cerca de 100 milhões de pessoas no mundo usavam esta forma de tabaco.

O narguilé, também conhecido como cachimbo d’água, shisha ou Hookah, é um dispositivo para fumar no qual uma mistura de tabaco é aquecida e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma longa mangueira. Por utilizar mecanismos de filtro, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Contudo, a literatura revela que o seu uso é mais prejudicial que o de cigarros. Segundo o WHO Study Group on Tobacco Product Regulation, uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição dos componentes tóxicos presentes na fumaça de aproximadamente 100 cigarros.

Com base na evidência científica disponível, o uso de narguilé foi significativamente associado ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, coronarianas, doença periodontal e ao baixo peso ao nascer, além de câncer de boca, bexiga e leucemia. Possibilita ainda a exposição a doses suficientes de nicotina que causam dependência.

Estudos também apontaram que o uso de narguilé, após 45 minutos de sessão, acarreta elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio. Entretanto, os riscos do uso do narguilé não estão relacionados somente ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: o hábito de compartilhar o bucal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

É importante ressaltar que o narguilé possui uma característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias pessoas simultaneamente. Tal fato reforça o aspecto da socialização do cachimbo, algo muito atraente, especialmente para os jovens, o que é corroborado com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Realizada com indivíduos da faixa etária dos 18 aos 59 anos, o estudo apontou que entre aqueles que usavam diariamente o narguilé, 63% tinham entre 18 e 29 anos. A frequência do seu uso revelou também outro aspecto preocupante: cerca de 30% dos usuários fizeram uso semanal e 7% realizaram uso diário, sendo que a maior proporção desses usuários semanais ou diários também se encontrava na faixa etária mais jovem (18-29 anos). A partir do inquérito, observou-se ainda que a maior prevalência foi entre os indivíduos que tinham ensino fundamental completo seguido pelos que tinham ensino médio completo ou superior incompleto; ou seja, os usuários do narguilé no Brasil são os jovens no ensino médio e os universitários. Esta forma do uso de outros produtos do tabaco é característica da zona urbana no país e mais prevalente nas macrorregiões sul e centro-oeste.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) foi registrado que o uso de outros produtos de tabaco entre jovens de 13 a 17 anos aumentou de 4,8%, em 2012, para 6,1% em 2015. Dentro dessa categoria “outros produtos de tabaco”, o narguilé foi o produto mais usado em 2015 (71,6%), sendo mais frequente entre as meninas (67,5%) em relação aos meninos (51,8%). Ou seja, observa-se uma disseminação cultural de um produto tão nocivo quanto o cigarro. Torna-se importante a conscientização dos riscos e a vigilância do uso desses produtos, bem como o avanço das políticas públicas de controle do tabagismo no país.

A epidemia global do tabaco mata mais de oito milhões de pessoas por ano, das quais, cerca de 900 mil são não fumantes que morrem por respirar o fumo passivo. Quase 80% dos mais de um bilhão de fumantes em todo o mundo vivem em países de baixa e média rendas, onde o peso das doenças e mortes relacionadas ao tabaco é maior.

A campanha deste ano pretende aumentar a conscientização sobre o impacto negativo que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo exercem sobre a saúde; o fato de que o tabaco fumado, em qualquer uma de suas formas, é responsável por até 90% de todos os cânceres de pulmão; o papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar de todas as pessoas. Além de alertar sobre as ações viáveis e as medidas que os principais públicos-alvo, incluindo governos e a população, podem tomar para reduzir os riscos que o tabaco representa para a saúde do pulmão; as oportunidades que o público, governos e sociedade civil têm para assumir compromissos, a fim de promover a saúde do pulmão, protegendo as pessoas contra o uso de produtos de tabaco; e a importância de países fortalecerem a implementação das medidas comprovadas de controle do tabaco.

Quer parar de fumar? Procure o CRATOD - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas, e veja a unidade de tratamento mais próxima.

Fonte: Manual de Orientações Dia Nacional de Combate ao Fumo 2019

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