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Dia Internacional da Síndrome de Down celebra inclusão e cuidados com estas pessoas - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Dia Internacional da Síndrome de Down celebra inclusão e cuidados com estas pessoas

Data visa disseminar informações para promover inclusão de todos na sociedade

Em 21 de março, comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Down. Criada pela Down Syndrome International a data representa a singularidade da triplicação (trissomia) do cromossomo 21 que causa esta ocorrência genética. O objetivo do dia é celebrar a vida das pessoas com síndrome de Down e disseminar informações para promover a inclusão de todos na sociedade.

Segundo informações do site movimentodown.org.br - que reúne conteúdo e iniciativas que visam o desenvolvimento e a inclusão de indivíduos com a síndrome na sociedade - não existe ainda no país uma estatística específica sobre o número de brasileiros com Down. Uma estimativa pode ser levantada com base na relação de 1 para cada 700 nascimentos, levando-se em conta toda a população brasileira. Conforme esta conta, cerca de 270 mil pessoas no Brasil teriam síndrome de Down.

A consultora do Movimento Down e pediatra responsável pelo Programa de Síndrome de Down do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, Ana Claudia Brandão, considera que, “na atualidade, com as pessoas com síndrome de Down mais incluídas em todos os segmentos da sociedade (família, escola, mercado de trabalho) tivemos um incremento grande de sua qualidade de vida. Com a visibilidade aumentada desta população, as informações chegam com mais facilidade, as pessoas tem oportunidade de conviverem, e isto, diminui o preconceito”.

Para a especialista, muito dessa mudança do olhar sobre a pessoa com síndrome de Down se deve às famílias, “que foram realmente a peça de transformação em muitos setores, inclusive no melhor acesso aos cuidados de saúde. Temos ainda desafios, pois a população mais carente ainda fica à margem destes atendimentos necessários, pouco acesso às terapias e mesmo às informações mais básicas. A educação inclusiva, embora tenhamos caminhado bastante nos últimos anos, ainda é um entrave à boa educação de nossas crianças, assim como a formação profissionalizante. E por último, com muitos jovens chegando à idade adulta, necessitamos de uma transformação nas empresas e locais, para que efetivamente contratem pessoas com deficiência intelectual no quadro de seus colaboradores”, avalia Ana Claudia.

As pessoas com síndrome de Down, em virtude de possuírem um cromossomo 21 a mais, tem chance aumentada de adquirirem alguns problemas de saúde: alguns deles já ao nascimento e outros ao longo da vida. “Os bebês podem nascer com malformações no coração ou em alguns órgãos abdominais, por exemplo. Ao longo da vida são mais comuns problemas na visão, audição, alterações da glândula tireoide, infecções das vias respiratórias, e algumas doenças autoimunes. Em consequência, é necessário um acompanhamento de saúde específico, com avaliações e exames realizados periodicamente, justamente para que estes diagnósticos possam ser feitos precocemente, sem causar danos à saúde ou a desenvolvimento da criança”, esclarece a pediatra.

Saúde bucal do indivíduo com síndrome de Down

No que se refere à saúde bucal, a doutora em Diagnóstico Bucal e especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais (PNE), Aida Sabbagh Haddad, que é presidente do Conselho Científico e Diretora do Departamento de PNE da APCD e coordenadora de cursos de especialização em Odontologia para PNE, explica que a cavidade bucal dos indivíduos com síndrome de Down possuem algumas características peculiares como, por exemplo, o hipodesenvolvimento do terço médio da face, com a presença de pseudo-prognatismo, palato duro menor e ogival. “Podem-se notar a presença de hipotonia lingual, alta prevalência e suscetibilidade a problemas periodontais, devido a erros no sistema autoimune. Algumas anomalias dentárias também podem ser observadas, como presença de hipodontia ou oligodontia, dentes conoides, microdentes, hipocalcificação do esmalte, fusão e geminação. Outro aspecto a ser observado é o aumento no tamanho da cora de molares e a inclinação da face oclusal para lingual, que algumas vezes pode dificultar o acesso aos procedimentos restauradores. Embora haja estudos que apontem menor incidência de cárie entre essa população atribuída a vários fatores, incluindo um aumento na capacidade tampão da saliva e a tendência de muitos desses pacientes para o bruxismo, uma vez que as superfícies oclusais suscetíveis são frequentemente lisas e desgastadas, em alguns casos, quando os fatores locais determinantes da cárie se sobrepõem, observamos a sua ocorrência. No caso da doença periodontal, um dos fatores para a alta incidência é a inabilidade da criança com síndrome de Down de manter uma higiene oral adequada. Entretanto, há algumas condições predisponentes para o desenvolvimento de doença periodontal precoce, incluindo pobre relação oclusal, particularmente mordida cruzada anterior/posterior. Há inserção alta do freio labial mandibular anterior, que causa defeitos mucogengivais precocemente na região vestibular dos incisivos inferiores. A posição anterior da língua produz forças anormais nos dentes anteriores inferiores, que já estão em posição de mordida cruzada. Periodontite severa e perda precoce dos incisivos mandibulares são sequelas comuns”.

A doutora em Odontopediatria, mestre em Ciências da Saúde e especialista em Odontologia para PNE, Adriana Zink, que é presidente da Câmara Técnica de Odontologia para PNE do Crosp acrescenta que, o paciente com síndrome de Down deverá ser acompanhado preventivamente pelo Cirurgião-Dentista desde o nascimento até o final de sua vida. “Necessita de cuidados continuados em relação à prevenção da doença cárie e periodontal; pelo fato de o desenvolvimento facial ser alterado devido à hipotonia muscular, que acomete inclusive o sistema estomatognático, o tratamento precoce ortopédico/ortodôntico poderá orientar melhor o crescimento facial e melhorar a oclusão e o posicionamento da língua, favorecendo o posicionamento dos dentes, a fala e a deglutição; existe ainda a questão da hiperflexibilidade de todo o corpo e envelhecimento precoce, alterações em coluna cervical (instabilidade atlanto-axial) devem ser observadas e o posicionamento na cadeira odontológica é uma preocupação para esse público de pacientes; também podem apresentar uma instabilidade na bacia e o Cirurgião-Dentista deverá adaptar alguns rolos de espuma para melhor acomodar esse paciente na cadeira durante o tratamento. Ou seja, é de extrema importância o conhecimento do Cirurgião-Dentista para acolher e atender um paciente com síndrome de Down. Sem contar, que é extremamente essencial que o Cirurgião-Dentista esteja inserido na equipe multidisciplinar que acompanha esse paciente”.

Além disso, Adriana menciona que, se a cardiopatia congênita estiver presente, deve haver atenção especial do Cirurgião-Dentista mesmo durante as consultas preventivas até casos cirúrgicos ou tratamento ortodôntico. “A anamnese e a individualização do tratamento favorecerão o sucesso”.

Aida concorda que por haver diversos problemas sistêmicos associados, a anamnese e os exames clínicos nesses pacientes devem ser muito criteriosos, e caso seja encontrado algum sinal suspeito, deve-se encaminhar o paciente para o médico especialista. A especialista também adverte que, os pacientes com Down que, no tratamento odontológico, necessitam de antibioticoterapia profilática, normalmente são selecionados de acordo com os achados auscultatórios que podem correlacionar-se com defeitos das estruturas cardíacas. “Pesquisas sugerem que o prolapso da válvula mitral pode ocorrer em pacientes com síndrome de Down em que não se associa achados auscultatórios. O profissional deve estar atento ao controle periódico clínico-radiográfico, além de orientações aos pais sobre atraso na erupção de dentes, importância de boa higienização com utilização de fio dental e terapias antimicrobianas, quando indicadas”, reforça.

“A expectativa de vida das pessoas com síndrome de Down tem aumentado graças à melhora do atendimento à saúde. Reconhecer as características bucais comuns nesta síndrome pode ajudar o Cirurgião-Dentista a manter a saúde bucal destes pacientes, implementando ações específicas às características encontradas. Normalmente, o paciente com síndrome de Down é acompanhado pelo Odontopediatra e segue para o especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais na fase adulta. Na maioria dos casos é um atendimento tranquilo, embora a birra e a manha estejam presentes naquela turminha mais mimada. São muito carinhosos e cativam todos ao seu redor o que os deixam cada vez mais mimados. Até nós profissionais os mimamos um pouco. Pois, como dizem popularmente ‘É a síndrome do amor’”, finaliza Adriana.

 

Da Redação

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