Pacientes em foco - Mau hálito constante pode ser sinal de problemas de saúde, alerta campanha nacional

Pacientes em foco - 18.09.2025

Mau hálito constante pode ser sinal de problemas de saúde, alerta campanha nacional

Durante a Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito, com início em 22 de setembro, a ABHA reforça que halitose vai além do desconforto social e pode indicar condições sérias que vão desde doenças periodontais até alterações sistêmicas, como a diabetes

Segundo a ABHA, cerca de 30% da população brasileira sofre com halitose
Segundo a ABHA, cerca de 30% da população brasileira sofre com halitose

O mau hálito pode causar situações realmente constrangedoras e um grande desconforto para quem sofre com o problema. Mas engana-se quem acredita que o mau odor é apenas uma questão sensorial. Na verdade, o odor desagradável, quando persistente, pode ser indício de complicações mais graves. “Existem cerca de 60 causas da halitose, termo médico para o mau hálito. A principal é a higiene precária da língua, mas a alteração persistente no hálito também pode ter outros motivos. Por exemplo, gengivite, periodontite e xerostomia (boca seca) pode provocar mau hálito, mas as possibilidades ultrapassam os limites da cavidade oral. Doenças do trato respiratório, como sinusite e amidalite, e gastrointestinais, incluindo refluxos e infecções estomacais, também podem estar por trás do odor desagradável, assim como condições metabólicas, como a diabetes”, explica o cirurgião-dentista Dr. Mario Giorgi, consultor científico da Curaprox e membro da comissão de halitose do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Para aumentar a conscientização sobre o assunto, a Associação Brasileira de Halitose (ABHA) abordará o tema na Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito 2025, intitulada “Mau hálito constante indica problema de saúde", que acontece entre 22 de setembro (Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito) e 25 de outubro (Dia Nacional do Cirurgião-Dentista).

Nesse ano, o objetivo da campanha é alertar a população de que o mau hálito, muitas vezes tratado como algo meramente estético ou motivo de piada, pode servir de alerta para questões de saúde do organismo como um todo, muitas vezes contribuindo para o diagnóstico precoce de outras condições. Para isso, a ABHA promoverá iniciativas como palestras gratuitas em instituições públicas e privadas, entrevistas na grande mídia e ações educativas nas redes sociais da entidade. “A campanha visa ampliar o acesso à informação confiável para conscientizar sobre a halitose e fazer com que seja tratada com o mesmo cuidado de outras questões de saúde. Temos que reforçar que o mau hálito não é um defeito pessoal, mas sim um problema sério”, destaca o Dr. Mario Giorgi. A campanha também envolve a divulgação da ferramenta "SOS Mau Hálito", que está disponível no site da ABHA e permite enviar um e-mail de forma totalmente anônima para alguém que precisa de orientações sobre a halitose. “O odor desagradável muitas vezes não é perceptível pelos portadores. Isso porque o organismo se acostuma com cheiros aos quais somos expostos com frequência. É a chamada fadiga olfativa. Quem percebe, geralmente, são as pessoas próximas, que, por constrangimento, não apontam o problema. Essa ferramenta é uma solução.”

Segundo a ABHA, cerca de 30% da população brasileira sofre com halitose, que tem um impacto social e emocional importante, podendo comprometer a autoestima, gerar constrangimento em situações sociais e profissionais, prejudicar relacionamentos e até levar ao isolamento. Felizmente, tem tratamento e, uma vez ciente do mau hálito, é importante que a pessoa busque um cirurgião-dentista para receber o diagnóstico adequado. “A partir do diagnóstico, realizado através de exames clínicos e radiológicos, além da própria percepção do dentista, o profissional poderá indicar o tratamento odontológico necessário para cada pessoa ou então, caso a halitose seja consequência de uma doença pré-existente, encaminhar o paciente para o médico mais adequado para tratar a condição”, diz o Dr. Mario Giorgi, que afirma que o dentista também poderá dar orientações para auxiliar na prevenção da halitose.

Como prevenir

Como o principal agente causador da halitose é a saburra ou biofilme lingual, placa branca que surge sobre a língua, os cuidados relacionados à prevenção do mau hálito visam evitar o acúmulo desse material. Por exemplo, a ingestão de dois litros de água por dia, em média, e a realização de pequenas refeições em intervalos de cerca de três horas são estratégias que auxiliam na redução do problema, mas não resolvem totalmente. “A halitose pode ser prevenida através da correta higiene oral. É importante realizar diariamente a higienização da língua e a remoção da saburra lingual, com instrumentos próprios para essa finalidade”, diz o especialista. Segundo ele, a escova para língua deve ter cerdas um pouco mais firmes que as das escovas dentais. Isto porque na língua existem fissuras e irregularidades onde as cerdas devem penetrar de forma adequada para conseguir desalojar a saburra lingual. “A escova também deve ter um perfil baixo, para não provocar ânsia, e ter uma superfície circular que se adapte à forma da língua sem provocar desconfortos”, acrescenta. Por esses motivos, a escova e o gel TUNG Brush e TUNG Gel, da EHM, são ideais para prevenir e controlar o mau hálito. “Estes produtos desencadeiam um efeito sinérgico, em que a ação mecânica das cerdas da escova, somada às substâncias ativas do gel, inibem a formação desses gases de odor desagradável.”

Além da escova específica para língua, recomenda-se também o uso dos chamados higienizadores linguais plásticos, que removem a saburra lingual de forma muito mais eficiente do que as escovas normais, sem machucar a língua ou provocar ânsia. “Os higienizadores linguais devem ter um design que se adapte ao formato da língua, possibilitando a remoção da saburra de forma simples. Podem ser mais estreitos ou mais largos, ter lâmina dupla ou simples e ter ranhuras ou não. O raspador com ranhuras deve ser utilizado principalmente para a remoção da placa mais aderida. Já o raspador liso de uma lâmina é o ideal para manutenção diária por ser mais estreito e delicado”, explica o cirurgião-dentista. Para a higienização completa, o especialista recomenda o uso do higienizador de língua CTC 201, de lâmina simples, e do higienizador de língua CTC 202, de lâmina dupla, ambos da Curaprox. “Estes cuidados combinados com uma ótima higienização oral e visitas regulares ao dentista são ideias para evitar a halitose”, finaliza o Dr. Mario Giorgi.

FONTE: CURAPROX - @curaproxbrasil e Associação Brasileira de Halitose (ABHA) www.abha.org.br