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Dentística: saúde e estética - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Dentística: saúde e estética

Profissional que atua nesta especialidade tem que aglutinar diversas áreas do conhecimento odontológico, pois a maioria dos tratamentos reabilitadores necessita de ações interdisciplinares

A Dentística como especialidade no Brasil inspirou-se na terminologia adotada nos Estados Unidos da América - “Operative Dentistry” ou operatória dental - que abrange a preparação e restauração das cavidades dentárias acometidas por cárie. O termo foi inspirado no Textbook of Operative Dentistry escrito em 1896 por Greene Vardiman Black (1836-1915), mais conhecido como G.V.Black, um dos fundadores da Odontologia moderna nos Estados Unidos e tratado como o pai da Dentística.

O vice-diretor do Departamento de Dentística do Conselho Científico (Coci) da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), presidente do Grupo Brasileiro de Professores de Dentística e membro da Câmara Técnica de Dentística do Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo (CROSP), Camillo Anauate Netto, que é professor titular da disciplina de Dentística, coordenador do mestrado profissional de Biomateriais em Odontologia e vice-coordenador do programa de Biotecnologia e Inovação em Saúde da Universidade Anhanguera de São Paulo conta que, por volta de 1859, G.V. Black começou uma carreira ativa como Cirurgião-Dentista e pesquisador no campo da Odontologia. “Ele estudou muitos temas importantes para a área odontológica e inovadores para a época, como a fluorose dentária e preparos cavitários ideais. É reconhecido por normatizar os princípios de preparações dentárias, descrever os métodos adequados para preparar os dentes e restaurações e desenvolver os instrumentais adequados para isso. A concepção destes preparos cavitários foi baseada nos princípios das ciências de engenharia e dos materiais utilizados para maximizar a força e a retenção da restauração de amálgama e minimizar fraturas, bem como a anatomia do dente, com preocupação na preservação da vitalidade da polpa”.

O professor Camillo explica ainda que a frase "extensão para prevenção" foi seguida por quase um século e seus príncipios eram considerados adequados para a época. “Black publicou seus conceitos e ideais em seu livro texto e, além disso, definiu a ‘classificação das lesões de cárie de Black’ de Classe I a V, posteriormente complementada pela classe VI de Simon, que ainda está em uso até hoje. Além de desenvolver um padrão para preparos cavitários, G.V. Black também experimentou várias misturas de ligas para amálgama. Depois de anos de experimentação, Black publicou sua fórmula final de amálgama em 1895. Esta fórmula e suas variações rapidamente tornaram-se o padrão-ouro por quase 70 anos”, destaca.

A história da especialidade no Brasil mostra que apesar de já existir como conteúdo e disciplina nas escolas de Odontologia brasileiras desde seus primórdios, só foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) em abril de 1975, recebendo o nome de “Dentística Restauradora”. “Foi uma conquista dos docentes da área e do Grupo Brasileiro de Professores de Dentística - GBPD. A publicação em Diário Oficial ocorreu em 12 de agosto do mesmo ano. Depois de quase 30 anos, durante a 3ª Coneo – Conferência Nacional de Especialidades Odontológicas, o CFO alterou o nome da especialidade para Dentística (Resolução CFO nº 22/2003) continuando, porém, com as mesmas atribuições”, lembra Camillo.

Campos de atuação de um especialista em Dentística

A Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia do CFO, aprovada pela Resolução CFO nº 63/2005 dispõe que a “Dentística, em uma visão abrangente e humanística, tem como objetivo o estudo e a aplicação de procedimentos educativos, preventivos e terapêuticos, para devolver ao dente sua integridade fisiológica, e assim contribuir de forma integrada com as demais especialidades para o restabelecimento e a manutenção da saúde do sistema estomatognático”.

Conforme a Resolução, as áreas de competência para atuação do especialista em Dentística incluem: a) procedimentos educativos e preventivos, devendo o especialista informar e educar o paciente e a comunidade sobre os conhecimentos indispensáveis à manutenção da saúde; b) procedimentos estéticos, educativos e preventivos; c) procedimentos conservadores da vitalidade pulpar; d) restabelecimento das relações dinâmicas e funcionais dos dentes em oclusão; e) manutenção e controle das restaurações; f) restaurações das lesões dentárias através de procedimentos diretos e indiretos; g) confecção de restaurações estéticas indiretas, unitárias ou não; e, h) restauração e prótese adesivas diretas.

Para o presidente da Câmara Técnica de Dentística do CROSP, Mario Sergio Giorgi, que é professor responsável pela disciplina de Clínica Odontológica Integrada e Atenção Básica a Saúde Bucal no curso de Odontologia da Universidade Anhanguera de São Paulo, há basicamente dois campos de atuação do profissional especialista em Dentística. “A Dentística preventiva concentra-se na prevenção dos elementos dentais, levando em consideração os desafios cariogênicos. Envolve o ensino dos procedimentos em atenção básica a saúde bucal com enfoque  na higienização bucal, recomendações de dieta, emprego de selantes nas fissuras e fóssulas e a adoção de fluorterapia, por exemplo. Já, a Dentística reparadora preocupa-se com a remoção da lesão provocada pela cárie, recuperando a forma, a função e a aparência dos elementos dentais que foram acometidos ou sofreram traumatismos. A restauração de dentes é uma medida importante para a saúde individual, já que a permanência de cárie pode causar problemas em vários níveis, além de influenciar negativamente a mastigação dos alimentos”.

No que se refere à questão preventiva da especialidade, o vice-diretor do Departamento de Dentística do Coci reforça que o profissional deve ter pleno conhecimento sobre a cárie e a doença periodontal e também estar sempre atualizado sobre materiais e técnicas para que, frente às necessidades restauradoras, possa selecionar e aplicar a melhor opção de tratamento para cada paciente e cada situação clínica. “Uma correta seleção do tratamento restaurador implica num compromisso de preservar ao máximo a estrutura dental hígida. Em função da crescente exigência estética os procedimentos que tem atualmente maior evidência na especialidade são a devolução ou melhoria da harmonia do sorriso com a utilização de recursos como o clareamento dental, o uso de resinas compostas diretas e as restaurações de cerâmica com ênfase nas facetas laminadas. O profissional que atua na área da Dentística tem que aglutinar diversas áreas do conhecimento odontológico como a Cariologia, a Periodontia, a Endodontia, os biomateriais, a oclusão entre outras especialidades, pois a maioria dos tratamentos reabilitadores necessita de ações interdisciplinares”, ressalta Camillo.

Avanços e desafios da área

Para o professor Camillo Anauatte Netto, a Dentística nos últimos anos experimentou grande avanço com o advento e desenvolvimento dos modernos adesivos dentais que permitiram uma integração adesiva dos materiais restauradores com a ultraestrutura dental e que revolucionaram os protocolos preventivos e restauradores. “Isto tornou os procedimentos extremamente conservadores e pouco ou nada invasivos. Na área de Dentística, os biomateriais com ênfase, as resinas compostas, cimentos resinosos, cerâmicas, permitem hoje resoluções de casos clínicos mais conservadores com melhor estética e longevidade. Apesar da grande evolução alcançada na pesquisa e desenvolvimento destes novos biomateriais, protocolos e tecnologias, a Dentística atualmente foca fortemente seus esforços em procedimentos preventivos”.

Camillo acrescenta que dependendo das referências que temos no nosso dia a dia, muitas vezes pode se pensar que a cárie dental acabou, visto que hoje a estética e a “construção artificial do sorriso” com cerâmicas pode fazer denotar que a Dentística restringe-se a isso. “Apesar de termos melhorado muito, por incrível que pareça o nosso desafio no Brasil ainda é combater os altos índices de prevalência da doença cárie e de suas consequências na saúde do indivíduo, além de mudar as práticas de saúde que ainda perpetuam a visão antiga da doença que visa preferencialmente o tratamento das sequelas. O modelo que consideramos ideal é a construção de planos centrados na prevenção e promoção da saúde”.

O professor Camillo frisa que a evolução e a credibilidade da pesquisa clínica com acompanhamento longitudinal dos procedimentos executados tem favorecido grandemente o desenvolvimento da Dentística. “A Dentística baseada em evidências será por muitos anos o parâmetro para que possamos definir quais os melhores protocolos e materiais que utilizaremos para melhorar a saúde das pessoas”.

Na opinião do professor Mario Segio Giorgi, “a correção ou restauração da estética é um grande desafio da Dentística, pois tanto os Cirurgiões-Dentistas quanto os pacientes estão cada vez mais exigentes, buscando soluções que resgatem a naturalidade do dente e a harmonia perdida de forma imperceptível, e preservando ao máximo a estrutura dental. Clarear e manter os dentes de milhares de pessoas esteticamente agradáveis, ao longo dos anos, tem sido um dos maiores desafios da Odontologia. A especialidade tem como o objetivo ajudar no desafio de tornar os dentes dos pacientes, além de saudáveis, cada vez mais belos”.

Da Redação

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