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Odontologia e Sustentabilidade: o que o Cirurgião-Dentista pode fazer para garantir a continuidade da vida no planeta? - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Odontologia e Sustentabilidade: o que o Cirurgião-Dentista pode fazer para garantir a continuidade da vida no planeta?

Como a Odontologia pode contribuir para a melhoria e a qualidade de vida no planeta? Essa questão foi debatida no CIOSP durante o VI Simpósio de Odontologia Sustentável, realizado pela ABCD, ADI Brasil e diversas entidades apoiadoras, como a APCD.

A Odontologia sustentável inclui a dimensão da sustentabilidade na vida profissional do Cirurgião-Dentista em três aspectos: preservação dos recursos naturais, desenvolvimento econômico e valorização humana.

A inclusão da saúde bucal na agenda 2030 da Organização das Nações Unidas para desenvolvimento saudável, a convenção de Minamata sobre o mercúrio e a Declaração Política sobre Cobertura Universal da saúde foram abordados no simpósio.

O evento trouxe palestras e debate constituídos por líderes de opinião da academia, governo, associações, sociedade civil e indústria sobre importantes questões emergentes das políticas públicas de saúde bucal.

Durante a palestra “O papel da Ciência, Tecnologia e Inovação”, Claudio Fernandes, coordenador do Centro de Odontologia Sustentável da Universidade Federal Fluminense, alertou que a profissão de Cirurgião-Dentista está sendo desafiada pela crescente demanda por melhores cuidados de saúde bucal em quantidade cada vez maior em todo o mundo. “Ao mesmo tempo, há obrigação de reduzir as exigências que se coloca sobre os recursos finitos da Terra. O sucesso de profissionais de Odontologia, assim como em outras áreas da sociedade, será julgado por quão bem respondem a estes desafios”, enfatiza o professor.

“Hoje as páginas dos jornais estão tomadas por notícias sobre incêndios, alagamentos, crise hídrica, falta de acesso, pobreza, discriminação. O Cirurgião-Dentista precisa se integrar aos novos valores que a sociedade exige, e é uma forma de ele também ser valorizado”, ressalta Claudio Fernandes.

A sustentabilidade no campo da Odontologia prevê estudos de caso de separadores de amálgama, conservação de água, materiais restauradores alternativos e letramentos em saúde bucal.

Para a conservação do meio ambiente, o especialista sugere práticas simples. “Basta o profissional olhar para a sua prática e perceber onde estão as grandes áreas grandes de desperdício”. O Brasil conta hoje com 300 mil dentistas e cada contribuição individual conta para a preservação do planeta, explica.

Eliminar o mercúrio do planeta é uma das ações importantes: “O amálgama dentário é um dos grandes problemas hoje, haja visto que é um produto amplamente utilizado em práticas de restauração no campo da saúde”.

Segundo Silvio Cecchetto, presidente da ABCD, os produtos usados na radiologia (como fixador, revelador), não contam com correto descarte. “Além disso, no dia a dia é preciso desmontar o amálgama em pedaços maiores para evitar a liberação de mercúrio. Há forma de captar fragmentos do amálgama e direcioná-lo para evitar contaminar a natureza”.

Para a preservação do meio ambiente é preciso transformar tecnologias, incorporar serviços e práticas que reduzam impactos na natureza, destaca Claudio Fernandes. O profissional da Odontologia também precisa refletir sobre o consumo diário de água em sua clínica.

“Segundo a Unesp de Araraquara, Unesp, o Cirurgião-Dentista usa 700 litros de água diariamente, enquanto a medida da população é 100 litros por pessoa. “São sete vezes mais, é muita água por dentista. Se somar o número de profissionais atuando... E não é só fechar a cuspideira. Os sugadores, pra gerar vácuo, puxam água da rede, são 200 litros por dia de água limpa, tratada. Quando você olha, vê que a saúde bucal tem grande responsabilidade sobre a sustentabilidade”.

Outra reflexão importante é sobre a quantidade de resíduo, de equipamento contaminado, principalmente por conta do uso dos equipamentos de proteção do Cirurgião-Dentista e do paciente (os chamados EPI). “Para onde vai isso? Como gerir, recolher, reciclar, incinerar de forma segura?”.

Outra pauta que precisa de atenção é o consumo de energia nos consultórios. “Escolhemos fogões, geladeiras que proporcionam um consumo responsável. Mas autoclaves e compressores não têm tem selo de sustentabilidade. Isso precisa estar na pauta”.

O Cirurgião-Dentista é agente de sustentabilidade, e por isso precisa se envolver com o tema, defende. “Ele precisa interagir com paciente, sua população. Cada pessoa usa de 3 ou 4 escovas de dente ano. Todos os anos são 100 mil toneladas de plástico só de escova de dente. O dentista pode instalar no seu consultório um ponto de coleta de escova dos seus pacientes. É uma ação simples, mas de grande impacto no meio ambiente, na sustentabilidade”, diz Claudio Fernandes.

“O recado para a Odontologia, para as pessoas, é sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente, para se assegurar o futuro da vida”, finaliza Sílvio Cecchetto.

O Fórum de Sustentabilidade contou com o apoio da APCD, CFO, ABO, CROSP e ABIMO. Além da USP e UFF, e das empresas Metasys, SDI e Ivoclar Vivadente.

Texto Márcia Costa | Fotos Divulgação CIOSP

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