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Projeto aproxima alunos do ensino público à Faculdade de Odontologia da USP - Portal APCD
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Projeto aproxima alunos do ensino público à Faculdade de Odontologia da USP

Alunos participam de atividades de investigação científica ou tecnológica

O projeto “Pré-Iniciação Científica” idealizado por um grupo de professores da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp) tem aproximando os alunos da rede pública, do ensino médio técnico, ao mundo da graduação e da pós-graduação, por meio da participação em atividades de investigação científica ou tecnológica, orientadas por pesquisadores e grupos de pesquisa da universidade.

A iniciativa tem como preceptores os professores da Fousp Marcelo Bönecker, Fernanda Campos de Almeida Carrer, Dorival Pedroso da Silva, e conta com o apoio do presidente da Comissão de Pesquisa da Fousp, Paulo Francisco César. O projeto é feito em parceria com a Escola Técnica de Saúde Pública Prof. Makiguti, localizada na Cidade Tiradentes, mantida pela Prefeitura Municipal de São Paulo por meio da Fundação Paulistana de Educação e Tecnologia. A Escola oferece cursos de Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Farmácia, Técnico em Análises Clínicas e Técnico em Gestão de Serviços de Saúde.

De acordo com Fernanda Carrer, nos últimos anos, a pós-graduação avançou muito em qualidade e quantidade no Brasil. “Nos internacionalizamos, aumentamos o impacto de nossas publicações e produzimos mestres e doutores, que hoje ocupam cargos em universidades e empresas espalhadas por todo o território nacional, entretanto, vivemos em um país em desenvolvimento, com problemas sérios de desigualdades e injustiças e o desafio da pesquisa e da pós-graduação é produzir conhecimento e se articular com a sociedade brasileira, de modo que nossos produtos revertam em benefícios diretos e indiretos à sociedade.”

Segundo a pesquisadora, a pós-graduação e a pesquisa devem fazer sentido à comunidade na qual elas estão inseridas, o ensino superior deve buscar meios de se articular para qualificar o ensino básico e o ensino técnico e foi neste sentido que surgiu o “Projeto: Integrando o ensino médio e técnico com a pesquisa. Os programas de pós-graduação do Brasil foram desafiados pela Capes e pelo CNPq, órgãos do governo federal que regulam o ensino de pós-graduação e a pesquisa no país, respectivamente, para incluírem alunos do ensino médio e do ensino técnico em pesquisas desenvolvidas em seus programas, a fim de despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do ensino médio e profissional da Rede Pública, mediante sua participação em atividades de pesquisa científica ou tecnológica, orientadas por pesquisador qualificado, em laboratórios e grupos de pesquisa da USP.

Uma das coordenadoras do projeto, a professora da Escola Técnica de Saúde Pública Prof. Makiguti e ex-aluna de pós-graduação da Fousp, Julie Silva Martins, explica que a partir de uma visita dos professores Fernanda Carrer e Dorival Pedroso da Silva, cogitou-se a possibilidade de desenvolver este projeto envolvendo a universidade e os alunos da escola técnica, com financiamento de bolsas de pré-iniciação científica do CNPq. “A partir desta conversa inicial, a direção da Escola Técnica gostou muito da proposta e deu apoio para o desenvolvimento do projeto. Ao explicar aos alunos sobre a iniciativa, e que haveria a possibilidade de participar de pesquisas desenvolvidas pela USP, muitos se interessaram e foi necessário inclusive fazer uma provinha para selecionar os candidatos. Os professores da USP escreveram propostas de projetos que poderiam ser desenvolvidos pelos alunos e inscreveram no CNPq, que escolheu entre os projetos inscritos aqueles que seriam contemplados com bolsa para os aluno de pré-iniciação científica. Todos os alunos que estavam no Módulo I do Curso Técnico em Saúde Bucal da Escola Técnica de Saúde Pública Prof. Makiguti, no primeiro semestre de 2016, que tivessem interesse e disponibilidade de tempo foram convidados a participar do projeto. A partir da lista de alunos selecionados e projetos aprovados, os melhores colocados foram escolhendo os projetos que gostariam de participar.”

Atualmente, cada aluno está encaixado em uma pesquisa, participando da vida acadêmica da USP, em contato constante com orientador. “São 11 alunos contemplados com bolsas do CNPq e mais dois voluntários que participam do projeto. Das 11 pesquisas em andamento, oito são desenvolvidas na Fousp, e três na Escola Técnica de Saúde Pública.”

Para o presidente da Comissão de Pesquisa da Fousp, Paulo Francisco César, o programa de pré-iniciação científica da faculdade, que está conectado à Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, tem grande valor para os alunos de ensino médio, pois possibilita seu contato com pesquisas de ponta na área da Odontologia, estimulando o pensamento científico em uma fase precoce, quando o aluno está em contato com disciplinas básicas como, por exemplo, Biologia, Química e Física. “Além disso, o programa abre as portas dos laboratórios da Fousp para que esses alunos tenham contato com toda a infraestrutura utilizada em pesquisas das diferentes áreas da Odontologia. Sendo assim, o programa funciona como um complemento da formação pessoal, aprimoramento de conhecimentos e preparo para a vida profissional ao aluno participante.”

Além disso, o programa de pré-iniciação científica da Fousp está possibilitando que os alunos de mestrado e doutorado, junto aos orientadores, estejam em contato com jovens do ensino médio e essa interação está se mostrando muito produtiva. “Assim como os jovens alunos têm a oportunidade de entrar em contato com técnicas avançadas de pesquisa nas áreas de Epidemiologia, Biologia Celular, Biomateriais e Odontologia Social, os professores e alunos da pós-graduação estão recebendo de volta a energia e criatividade desses jovens. Um exemplo dessa interação foi um projeto de pré-iniciação científica que teve como objetivo criar uma página no Facebook para divulgar nas redes sociais resultados de uma pesquisa sobre glândulas salivares”, destaca o presidente da Comissão de Pesquisa da Fousp.

 

Importância do Projeto 

Para a Fousp, esse projeto é importante à medida que os pesquisadores conhecem a realidade da sociedade que os cerca, “não podemos nos alienar e fazer pesquisa sem contexto e sem articulação com a sociedade brasileira. Para a Escola Técnica, esse projeto pode representar um link com a academia, uma oportunidade de qualificação do corpo docente da instituição, uma nova vivência para os alunos, que expandem seus horizontes e experimentam a vida na universidade. A pesquisa pode ser reveladora e pode despertar o interesse pela investigação científica e pelo próprio estudo na vida desse aluno da escola técnica. Podemos ainda atrair talentos para universidade, que descobrem que podem e que têm direito ao estudo superior”, destaca Fernanda Carrer.

Para os alunos que estão fazendo pesquisas na área clínica, esta experiência tem sido muito importante, à medida que as pesquisas desenvolvidas na Fousp são inovadoras, trabalham com materiais e técnicas novas e de ponta e podem agregar valor ao trabalho das futuras Técnicas em Saúde Bucal (TSB), mas acho que mais importante que o aprendizado técnico, o que podemos oferecer é o desenvolvimento de habilidades que a pesquisa nos traz, tais como a disciplina, o rigor do método científico, a necessidade da evidência científica para pautar a tomada de decisão, o trabalho em grupo, etc.

A aluna da Escola Técnica de Saúde Pública, Prof. Makiguti Jéssica Novais, iniciou o curso de Auxiliar em Saúde Bucal, em 2016, e conta que o Projeto de Integração foi uma oportunidade ótima que apareceu, onde pode participar de um pequeno vestibular na qual os primeiros 10 alunos da classificação ganhariam a bolsa do projeto de pré-iniciação científica, e fiquei em 3° lugar. “Para nós, estudantes, é uma oportunidade incrível, conviver com os alunos de pós-graduação, entrar em contato com clínicas é uma ótima experiência. Além de acrescentar nossos conhecimentos podemos ver casos que talvez em clínicas ou consultórios não veríamos tão facilmente.”

 

Saúde Pública

O professor doutor da Universidade de Brasília, que foi coordenador nacional de saúde bucal do Ministério da Saúde, de 2003 a 2015, Gilberto Alfredo Pucca Junior, explica que dentro da realidade brasileira é fundamental a formação e a qualificação dos TSBs, e relacionar o preparo teórico com a boa prática produz eficácia. “Ou seja, além de tudo, otimiza os recursos públicos. O Brasil prescinde de profissionais, com este perfil. A regulamentação do trabalho do profissional Técnico e Auxiliar em Saúde Bucal é extremamente recente, data de 2008, através da lei 11.889 de 24 de dezembro. Por isso, considero estratégico a formação em serviço. Cabe ao TSB, além dos conhecimentos específicos da clínica e da promoção da saúde,  desenvolver as competências profissionais necessárias e comuns aos trabalhadores da área da saúde e as competências específicas da profissão de técnico, de modo a favorecer o diálogo e a interação com os demais trabalhadores, facilitando a navegabilidade na área e ampliando seu campo de atuação. Além disso, deve compreender os objetivos, princípios, bases operacionais e ações da Estratégia de Saúde da Família, com vistas à sua inserção na equipe de saúde bucal (ESB). Compreender o processo saúde-doença bucal, seu impacto na saúde pública e atual perfil epidemiológico, com a finalidade de contribuir na melhoria dos indicadores de saúde bucal da população do território. Contribuir também para uma melhor integração entre os membros da equipe do Programa de Saúde da Família (PSF), da equipe de saúde bucal e dos usuários do sistema de saúde, visando estabelecer vínculo com a população e relações interpessoais positivas entre os membros da ESB. Auxiliar na organização e planejamento das ações individuais e coletivas em saúde bucal nos ambientes comunitários e nos consultórios odontológicos das unidades de referência, visando à eficiência e eficácia das ações de promoção da saúde. Realizar, sob supervisão do Cirurgião-Dentista, levantamentos epidemiológicos, para subsidiar o planejamento de ações educativas e preventivas em saúde bucal, visando à redução da cárie e outras doenças da cavidade oral e realizar procedimentos clínicos específicos em Odontologia, conforme regulamentação do exercício profissional, com o intuito de ampliar o acesso da população às ações. Percebam que todos esses atos extrapolam as ações técnicas/individuais. Por isso, a formação em serviço é um divisor de águas”, finaliza.

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