APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Saiba mais sobre a relação entre déficit de atenção e distúrbio do sono

Segundo o estudo, no futuro, alguns pacientes com TDAH poderão ser tratados com métodos não-farmacológicos, como alterações na claridade ou nos padrões de sono

Não é novidade que pessoas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também enfrentam dificuldades para dormir, mas até então, os dois problemas eram diagnosticados e tratados de forma separada. Agora, um estudo apresentado durante no encontro anual da Sociedade Europeia de Neuropsicofarmacologia, realizado em Paris, na França, sugere que a privação do sono pode ser, na verdade, a causa do transtorno. “A maioria das pessoas com TDAH apresenta padrões semelhantes de dificuldades para pegar no sono e levantar de manhã, o que causa cansaço ao longo do dia e comprometimento nas funções [cotidianas]. A duração do sono [dessas pessoas] geralmente é curta devido às obrigações matinais como trabalho ou escola e essa falta de sono parece aumentar a gravidade dos sintomas do TDAH”, disse Sandra Kooij, pesquisadora do Centro Médico Universitário VU, em Amsterdam, na Holanda e principal autora do estudo ao site especializado Medical News Today.

Após revisar as evidências sobre a associação entre os dois problemas, Sandra concluiu que eles parecem ser “dois lados da mesma moeda”:

75% das pessoas com TDAH têm um atraso de uma hora e meia na fase fisiológica do sono – sinais associados ao sono, como alterações nos níveis de melatonina e movimentos associados ao sono;

Alterações da temperatura corporal associadas ao sono também são atrasadas nesses pacientes;

Distúrbios do sono, como síndrome das pernas inquietas, apneia do sono e distúrbio do ritmo circadiano (dificuldade para pegar no sono) são comumente associados ao TDAH. Por sua vez, essas condições também estão associadas a alterações nos níveis dos neurotransmissores dopamina e melatonina, que podem ser causadas por problemas de sono;

Pessoas com transtorno de déficit de atenção estão em alerta a noite, característica oposta à população em geral;

Muitas pessoas com o transtorno se beneficiam de tratamentos com melatonina a noite ou terapia de luz pela manhã, que ajudam a redefinir o ritmo circadiano;

Estudos recentes mostraram que cerca de 70% dos adultos com TDAH apresentam hipersensibilidade à luz, característica também associada a problemas circadianos;

Sono crônico tardio leva a um déficit crônico de sono, que por sua vez está associado a problemas como obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.

Para confirmar essa suspeita, o próximo passo da equipe será analisar a variação de outros biomarcadores, como níveis de vitamina D, glicose, cortisol e pressão sanguínea e frequência cardíaca de acordo com a falta de sono.

Segundo ela, o trabalho abre a possibilidade de desenvolver tratamentos para o transtorno sem o uso de medicamentos. “Se essa associação se confirmar, ainda restará a pergunta: é o TDAH que causa a falta de sono ou o contrário? E poderemos ser capazes de tratar alguns pacientes com o transtorno com métodos não-farmacológicos, como alterações na claridade ou nos padrões de sono e também prevenir o impacto negativo da privação crônica do sono”, disse a autora.

Fonte: Veja

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