A Interodonto, do Grupo NotreDame Intermédica, reuniu na noite do dia 26 de outubro, profissionais do setor odontológico para um encontro com a renomada bióloga Liliana Donatelli. Ela falou aos participantes sobre as técnicas mais recentes de biossegurança em clínicas odontológicas.
Liliana, que já ministrou mais de 500 palestras sobre o tema no Brasil e no exterior, explicou que a biossegurança não pode ser vista como vilã ou como um custo pelos profissionais da área. “Pelo contrário, ela pode e deve ser utilizada como um diferencial perante à concorrência. De fato, algumas técnicas de biossegurança serão custosas e irão demandar mais tempo. No entanto, uma vez que você se adapta aos padrões mais altos e recomendados, dificilmente você irá repetir os mesmos erros ou voltar ao padrão anterior. E é preciso que os profissionais mostrem isso aos seus pacientes”, justifica a bióloga.
Veja abaixo as dicas da especialista:
Pode parecer óbvio, mas é essencial ter uma pia de lavagem de mãos na sala de esterilização, além da pia de lavagem de instrumentos. Estas pias precisam ser fundam o suficiente para que a água contaminada não respingue;
O uso de armários que funcionam com um “clic” também é fortemente indicado. Estes armários podem ser fechados com outras partes do corpo do profissional, evitando assim utilizar as mãos;
Lembre-se sempre de diminuir o número de microrganismos lavando as mãos e utilizando luvas. Em relação à higiene das mãos, a fricção das mesmas com álcool 70% é a forma mais efetiva, quando não houver sujidade visível nas mãos;
Na sala de esterilização, é importante que a mesma seja separada em duas partes: a área suja, para limpeza dos instrumentos, e a área limpa, que deve ser separada por um guichê de passagem;
Atenção aos erros de armazenamento. Devemos seguir a regra do “FIFO”, termo em inglês para “First in, First out”, que lembra de se seguir a ordem correta para armazenamento e retirada dos equipamentos;
Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) não devem ser negligenciados: avental, gorro, máscara, óculos, luvas de procedimentos ou cirúrgicas e sapatos fechados fazem parte do repertório de EPIs necessários. E lembre-se: os óculos de segurança também devem ser utilizados pelos clientes;
Tenha a certeza de que todos os profissionais que trabalham em seu consultório estejam com a carteira de vacinas em dia;
Alguns profissionais ainda utilizam a estufa, mas o equipamento mais recomendado pela vigilância sanitária para esterilização é a autoclave;
Lembre-se também de não sobrecarregar a autoclave de materiais para a esterilização. Isso pode impedir a esterilização ou dificultar a secagem;
Outra etapa igualmente importante é a de monitorização da esterilização.
Fonte: Approach Comunicação