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Um novo estudo, publicado no European Heart Journal, revelou recentemente que quando os níveis de colesterol bom, o chamado HDL, estão acima do normal pode ser algo desastroso e, até mesmo aumentar o risco de morte.
O novo trabalho mostrou que níveis de até 73 miligramas por decilitro de sangue para os homens e 93 para as mulheres são considerados adequados. No entanto, os homens com taxa de HDL entre 97 e 115 tiveram 36% mais riscos de morrer cedo e o dobro quando o índice era acima de 116. Já as mulheres com níveis superiores a 135 tiveram um risco de morte 68% maior. “O HDL sempre foi visto como um fator protetor em estudos observacionais, mas se tratavam de pessoas com taxas naturalmente elevadas para outros fatores de risco associados, como pressão alta e colesterol ruim alto”, explicou Marcus Vinicius Bolivar Malachias, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.
Uma das questões apontadas é o fato de que existem vários subtipos do tipo HDL e nem todos elas são protetoras. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, é possível detectar os tipos de partículas presentes no colesterol HDL a partir de exames de sangue que utilizam a metodologia da ultracentrifugação, procedimento aplicado na biologia molecular. “Identificou-se que os subtipos benéficos, que conseguem fazer o transporte reverso, são os que englobam a gordura do organismo. Os outros não”.
O estudo apontou que os níveis elevados de HDL estão associados a um polimorfismo do gene CETP (inibidor de uma enzima ligada à destruição do HDL) que conduz a baixa, ou nula, atividade do chamado transporte reverso – o transporte do colesterol dos tecidos do corpo humano ao fígado.
Apesar dos resultados surpreendentes, no recente trabalho apenas 2,3% dos homens mostraram níveis de colesterol HDL acima de 97 e só 0,3% das mulheres tinham níveis maiores que 135. Ou seja, não é uma situação tão comum.
É devido a essas questões que as diretrizes de cardiologia têm abandonado a abordagem do HDL e estão mais focadas na redução do colesterol LDL – a partir das mudanças de hábito, como alimentação saudável e medicamentos, como as estatinas.
No entanto, é importante ressaltar que níveis muito baixos de HDL também podem representar riscos – HDL abaixo de 39 no sangue pode não ser suficiente para a manutenção do colesterol. “Há características de partículas HDL que são extremamente benéficas, que é capacidade de produzir enzimas antioxidantes, anti-inflamatórias e antitrombóticas”, diz Malachias.
Fonte: Veja