Severity: Notice
Message: Undefined index: HTTP_ACCEPT_LANGUAGE
Filename: hooks/lang.php
Line Number: 26
Uma pesquisa do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) mostra que oito em cada dez pacientes com câncer de cabeça e pescoço, atendidos no Instituto, são ou já foram fumantes. O consumo de álcool está presente em 50% dos casos. Cigarro e excesso de bebida aumentam o risco em mais de cem vezes.
Por isso, os médicos estão lançando um alerta para todos os brasileiros. O olhar atento do Cirurgião-Dentista, do médico ou do agente de saúde é o principal alarme. Antes de aparecerem nos exames mais sofisticados de imagem, os cânceres que atingem a cabeça e o pescoço podem ser apalpados, ouvidos ou vistos a olho nu. Manchas ou feridas nos lábios e na boca que não somem em duas semanas; machucados causados por próteses dentárias mal ajustadas; rouquidão que não desaparece; dificuldade de engolir e nódulos no pescoço são sinais que não devem ser ignorados.
“O ideal é que não passem mais do que duas, três, quatro semanas para, vamos dizer, firmar esse diagnóstico de tumor e encaminhar esse paciente para que ele receba o seu tratamento com excelentes chances de cura”, explica Claudio Cernea, chefe de cirurgia de cabeça e pescoço do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ainda não é o que acontece no Brasil. Mesmo em São Paulo, a maioria dos pacientes demora a descobrir e tratar a doença. “Cerca de 60% chegam em estado avançado. Eles passam por uma rotina longa até fazer o diagnóstico. Às vezes demora um tempo até chegar ao serviço especializado, então, com isso, o que era um pequeno tumor se torna um grande tumor em 60%, 70% das vezes”, afirma Marco Aurélio Vamondes Kulcsar, chefe de cirurgia de cabeça e pescoço do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
A observação cuidadosa e a rapidez no diagnóstico e tratamento podem mudar o curso da doença e fazer a chance de cura passar dos 70%. Agora, prevenir os cânceres de cabeça e pescoço vai exigir um outro tipo de esforço.
Fonte: Jornal Nacional