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Recentemente, a eficácia do uso de fio dental foi colocada em evidência nas mídias de comunicação.
Recentemente, a eficácia do uso de fio dental foi colocada em evidência nas mídias de comunicação.
A literatura especializada já há algum tempo (2008) avaliou e concluiu que o
profissional é quem deve determinar a necessidade do seu uso, avaliando individualmente o paciente com problemas gengivais e se a higiene realizada de forma adequada com o fio dental é uma meta alcançável. À luz dos resultados desta revisão sistemática e metanálise, conclui-se que uma instrução de rotina para usar fio dental não é suportada por evidências científicas. Outros estudos mais recentes (2015) parecem demonstrar os mesmos resultados.
Sendo assim, realmente há poucas evidências de que o uso de fio dental é eficaz. No entanto, seriam estas evidências suficientes para que passemos a banir o fio dental das rotinas de higiene dental? A resposta é certamente não!
Pesquisas realmente comprobatórias da eficácia do uso de fio dental deveriam ser longitudinais e de longa duração. Não é preciso detalhar a dificuldade de realização de tais estudos. Além disso, nenhum comitê de ética sério autorizaria estudos para grupos sem uso de fio dental que exporia o pacientes ao risco de desenvolvimento da doença, sem mencionar os custos e logísticas complexas para este tipo de avaliação.
Por isso, o padrão e protocolo de higiene é a manutenção do uso de fio dental, mesmo com baixo nível de evidência científica. A recente publicação do “Dietary Guidelines for Americans” não cita procedimentos em saúde bucal, nem mesmo escovação. Menciona que os açúcares estão associados à cárie em adultos e crianças. Trata-se de um guia de dieta e não de orientação de higiene bucal. Desta maneira, não podemos concluir que a higiene e o uso de fio dental estão banidos.
Devemos citar ainda, que a American Dental Association (Associação Dental Americana) mantém a recomendação de utilização do uso de fio dental juntamente com a escovação com dentifrício fluoretado e visitas regulares ao Cirurgião-Dentista.
Concluindo: com base nas evidências e práticas clínicas de promoção de saúde para crianças e adolescentes a estamos alinhados com a recomendação da maioria das entidades nacionais e internacionais e mantém a recomendação do uso de fio dental associado à escovação dos dentes com dentifrício fluoretado (1.000 ppmF no mínimo) e visitas regulares ao Cirurgião-Dentista.
Discussões como esta são sempre positivas e nos criam a oportunidade de melhor esclarecer e divulgar as boas práticas de higiene bucal e promoção de saúde oral para nossas crianças e adolescentes.
Fonte: Silvia Chedid – Colaboradora da APCD
REFERÊNCIAS