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Estudo aprimora diagnóstico do bruxismo - Portal APCD
APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas

Estudo aprimora diagnóstico do bruxismo

Há dois tipos de bruxismo, o bruxismo do sono que é considerado um distúrbio do movimento quando o indivíduo está dormindo e o bruxismo de vigília que acontece quando se está acordado. Ambos os tipos são caracterizados pelo ranger e/ou apertar os dentes

A professora Maria Beatriz Duarte Gavião, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, realiza pesquisas que investigam o bruxismo, atividade repetida da musculatura mastigatória que pode ocorrer durante o sono. Há dois tipos de bruxismo, o bruxismo do sono que é considerado um distúrbio do movimento quando o indivíduo está dormindo e o bruxismo de vigília que acontece quando se está acordado. Ambos os tipos são caracterizados pelo ranger e/ou apertar os dentes.

Recentemente, foi realizado um estudo que utilizou a técnica da polissonografia para diagnosticar o bruxismo do sono em adulto, decorrente da colaboração entre o Programa de Pós-Graduação em Odontologia da FOP-Unicamp e a Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó), além da participação da Unifesp. O trabalho trouxe dados que ampliam a compreensão sobre o distúrbio, considerado de difícil manejo pela odontologia, pois a polissonografia é a técnica que propicia o diagnóstico definitivo do problema. O estudo foi desenvolvido no contexto do doutorado interinstitucional da FOP-Unicamp e Unochapecó, defendido por João Vicente Rosar, docente da instituição catarinense, sob orientação da professora Paula Midori Castelo.

Durante a polissonografia, o paciente dorme com eletrodos fixados ao corpo, o que permite o registro simultâneo de variáveis eletrofisiológicas, como a atividade elétrica cerebral, o movimento dos olhos, a atividade dos músculos, a frequência cardíaca, o fluxo e o esforço respiratório, a oxigenação do sangue, o ronco e a posição corpórea. O trabalho experimental analisou um grupo de 43 adultos com idades entre 20 e 40 anos, de ambos os sexos, estudantes universitários. “O grupo foi dividido em dois segmentos: um com 28 indivíduos diagnosticados com bruxismo do sono, denominado de GBS, e outro com 15 voluntários saudáveis, denominado de grupo controle (GC)”, detalhou João Vicente.


Testes e resultados

O grupo GBS recebeu um dispositivo interoclusal (placa oclusal) foi antes, um mês e de dois meses depois do início da terapia. Nesse período foram coletados dados relacionados à força de mordida máxima, qualidade do sono, níveis salivares de cortisol e sinais de sintomas de disfunção temporomandibular (DTM).

O grupo GC também foi avaliado nos três momentos, mas não recebeu qualquer tipo de terapia. De acordo com a professora Paula, os pacientes que usaram a placa manifestaram, por meio de respostas a um questionário, a melhora na qualidade do sono e redução das dores de cabeça e região da mandíbula. Entretanto, é difícil avaliar se o dispositivo realmente conferiu melhora à qualidade do sono ou se apenas exerceu efeito placebo.

De todo modo, as análises dos dados coletados mostraram diferenças significativas no decorrer das avaliações feitas junto ao grupo GBS quanto ao aumento na força dos músculos mastigatórios, melhora nos índices funcional e muscular e na qualidade do sono. A concentração de cortisol salivar e o índice articular não mostraram alterações significativas ao longo do ensaio.

Quanto ao grupo GC, não houve diferença significativa nas variáveis consideradas nos três momentos da avaliação. “Os resultados sugerem que o uso do dispositivo interoclusal por dois meses tem efeito positivo na força de mordida máxima, amplitude dos movimentos mandibulares, sintomatologia muscular e na qualidade do sono em pacientes com bruxismo associado à DTM”, aponta a professora Paula e ainda advertiu, “é preciso ter muito critério para indicar o uso do dispositivo interoclusal, os pacientes precisam ser avaliados com cuidado”.

Além disso, comorbidades podem estar associadas e devem ser precisamente diagnosticadas, pois podem ser determinantes do bruxismo do sono, como distúrbios do trato aéreo superior, refluxo gastroesofágico ou ainda o uso rotineiro de medicamentos de ação central. No entanto, acrescenta a docente, não se deve descartar a causa idiopática.

“No caso de crianças, muitas vezes não há manifestação clínica de dores. Se elas ainda têm dentes decíduos (dentes de leite), muitas vezes não adotamos nenhum procedimento. Na fase de dentição mista ou permanente, por exemplo, se a criança apresentar dor e cansaço muscular, ou ainda desgaste dentário, o uso da placa pode ser recomendado”, explica.

Dica: Uma recomendação válida tanto para crianças quanto adultos, destaca a professora Paula, é cuidar da higiene do sono, como os especialistas classificam dormir em ambiente escuro, sem barulho e sem a presença de equipamentos como televisão, celular ou tablet.

Fonte: Jornal da Unicamp

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