Severity: Notice
Message: Undefined index: HTTP_ACCEPT_LANGUAGE
Filename: hooks/lang.php
Line Number: 26
Um estudo realizado na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP aborda novas mudanças nas classificações voltadas ao sorriso gengival, com objetivo de simplificar o diagnóstico e a terapia. A pesquisa foi desenvolvida pela professora Mariana Zangrando, que desenvolveu medições da altura e espessura da gengiva e também elaborou um guia para realização das cirurgias corretivas.
“O paciente com sorriso gengival pode apresentar dentes encurtados, que parecem menores ao sorrir”, explica a professora. O tratamento é cirúrgico, sendo capaz de delinear um contorno para a gengiva que facilitará a higiene bucal. Na cirurgia é removido, com base em parâmetros clínicos bem definidos, o excesso de tecido gengival e ósseo, resolvendo tanto a queixa estética quanto a dificuldade de escovação. Expôs, no artigo, que as principais causas do sorriso gengival acontecem durante a erupção do dente na boca: são a erupção passiva alterada (EPA) e a erupção ativa alterada (EAA).
“Basicamente, a erupção ativa é o movimento do dente de dentro do osso até a cavidade bucal, e a erupção passiva, a movimentação da gengiva até um posicionamento próximo à união entre a coroa e a raiz do dente”, conta a pesquisadora. “Quando há alteração de um ou de ambos os processos, o osso pode ficar muito próximo da coroa, ou então a gengiva ficar muito acima da coroa.”
A classificação proposta pela pesquisa considera a associação ou não de erupção passiva alterada com erupção ativa alterada e, com base nas medidas de altura (faixa de gengiva) e espessura da gengiva, define se ela é fina ou espessa. A classificação inclui quatro diferentes situações clínicas: EPA Tipo I, EPA Tipo II, EPA associada à EAA Tipo I e EPA associada à EAA Tipo II. “A antiga classificação não incluía a denominação erupção ativa alterada (EAA) e também não definia parâmetros métricos”, ressalta Mariana Zangrando.
A nova abordagem ressalta que a EPA pode estar ou não associada à EAA. EPA é o ‘excesso’ de gengiva sobre o dente e EAA é a proximidade do osso com a coroa do dente que também ajuda a projetar a gengiva para cima da coroa. O Tipo I é o chamado biotipo espesso e o Tipo II, biotipo fino.
A classificação foi publicada e considerada destaque pelo número de acessos na Clinical Advances in Periodontics, revista clínica da Academia Americana de Periodontologia (AAP). De acordo com Mariana, a nova classificação permite um diagnóstico mais completo da condição clínica e maior facilidade e confiabilidade no planejamento da cirurgia. No artigo, ela ainda propõe um tratamento específico para cada uma das condições clínicas relacionadas ao sorriso gengival.
Fonte: Jornal USP / Foto Ilustrativa Shutterstock